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Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2006
Portugal na Fortune
Mais uma do Governo de Sócrates. 38 milhões para gastar em publicidade elogiosa à acção do governo.
 

 
«Uma publi-reportagem paga por Portugal e publicada na revista norte-americana Fortune descreve Cavaco Silva como um observador silencioso das grandes reformas de Sócrates. O anúncio, disfarçado de artigo, recolhe opiniões do ministro da Economia e do presidente do ICEP - Instituto das Empresas para os Mercados Externos, e exibe uma foto do primeiro-ministro no papel de homem do leme. Uma fonte do gabinete do primeiro-ministro assegurou à SIC que São Bento não se revê nesse conteúdo. O tema fez manchete este sábado no semanário Sol.
 
Uma reportagem paga da primeira à última linha mas de que nenhuma entidade oficial assume a paternidade. Ninguém diz quem pagou as dez páginas que o artigo rendeu no encarte especial da revista Fortune.
 
Um panegírico ao Governo de Sócrates, ao empenho reformador do pragmático primeiro-ministro socialista, o homem da terapia de choque que travou a instabilidade dos três anos anteriores. O corajoso Sócrates que avançou para as reformas há muito adiadas, penosas, impopulares, mas vitais.
 
No papel de observador silencioso surge o figurante Cavaco Silva - o Presidente da República que, com o seu silêncio, facilita o árduo trabalho de Sócrates. Afinal o objectivo de ambos é comum - colocar Portugal outra vez nos carris.
 
Um assessor do primeiro-ministro afirmou à SIC que São Bento não se revê no teor deste artigo. A norma é, tal como está a acontecer na Cimeira do Uruguai, sempre que há uma exposição internacional de Portugal há grande sintonia entre Presidente e primeiro-ministro.
 
Quem encomendou afinal este artigo que transforma Sócrates no único salvador da pátria? É aí que as respostas falham.
 
Manuel Pinho é o governante em destaque - ainda que nesta página se misturem as reformas fiscais em curso com os programas de simplificação da Economia. O nome de Pinho surge associado aos índices que, no artigo, testemunham a perfeita recuperação de Portugal.
 
Como aparece o ministro da Economia numa reportagem paga, ao jeito de lista das supremas virtudes sem mácula do Executivo PS? O assessor de Pinho confessou à SIC desconhecer que as declarações do ministro seriam para integrar uma reportagem paga. O gabinete foi contactado por pessoas que garantiram estar ao serviço da Fortune. Se fosse para uma publi-reportagem, garante o assessor, Manuel Pinho nunca teria dado a entrevista.
 
Descendo a escada hierárquica chegamos ao terceiro elemento, ao ICEP, o organismo que tem por missão promover a imagem de Portugal no estrangeiro. Lá está a foto do presidente do ICEP a reclamar mais exportações portuguesas com maior sustentabilidade tecnológica. Lá está a publicidade oficial, paga pelo Estado português.
 
Fonte do ICEP garantiu à SIC que o organismo foi a primeira entidade a ser contactada para esta reportagem paga. Desde o momento zero que o ICEP soube que estava a fornecer conteúdos para uma reportagem em forma de anúncio publicitário. Nunca, porém, assegura a mesma fonte, o ICEP pagou um cêntimo.
 
Se voltarmos os olhos para a publicidade oficial percebemos existirem outras formas mais “apelativas” de pagar. O gabinete de Marques da Cruz reconhece ter tido acesso à reprodução das declarações do presidente antes da sua publicação, mas esclarece não ter tido acesso ao resto do conteúdo do artigo.
 
A pergunta mantém-se: quem encomendou a reportagem? ICEP e gabinete de Sócrates coincidem num ponto: trata-se de uma agência de comunicação que chegou a Portugal para oferecer conteúdos positivos em troca de publicidade. Não restam dúvidas de que a ideia foi comprada pela Galp, pela Lisnave e pelo Governo de Portugal.
 
O que os assessores contactados pela SIC garantem não fazer parte do acordo é o tal conteúdo que transforma Cavaco no figurante silencioso que assiste pávida e serenamente ao Hercúleo esforço de Sócrates para colocar Portugal, outra vez, nos carris.»
 
In: “SicOnline


publicado por AJPM às 23:41
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