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Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2006
Eleições recentes - vamos a factos
Num ano realizaram-se três eleições: legislativas (AR) em 2006/02/20, autárquicas (AM e CM) em 2005/10/09 e presidenciais (PR) em 2006/01/22. E os números no Concelho de Estremoz mostram que: 1 - A abstenção de 39% nas últimas eleições realizadas, traduz uma subida de 4% num ano, os números não deixam qualquer dúvida, confirmam que os cidadãos ao abdicarem, cada vez mais, do seu direito de voto o fazem porque "a classe política perdeu a credibilidade" e "as pessoas estão zangadas com as práticas dos aparelhos partidários. Muito em particular as do Aparelho do Partido Socialista. 2 A Direita no Concelho, representada por Cavaco Silva, é minoritária, com 23 % dos eleitores, não representando sequer ¼ dos mesmos. 3 No Concelho o voto é maioritariamente de Esquerda, 28% dos eleitores, conforme mostram os resultados eleitorais para a Presidência da República (GP+FL+JS+MA). 4 O Aparelho do Partido Socialista, não foi além dos 9%, ao apostar em Mário Soares, tendo sido castigado nas urnas e enxovalhou aquele, com o qual nunca me identifiquei, mas que merecia mais respeito por parte dos sócrates, tronchos, fateixas e companhia. Digo, porque acredito, que Sócrates apoiou Soares e votou Cavaco Silva (Assim mais facilmente prosseguirá a sua política de arrogância e anti-social que tem vindo a praticar). Confirma-se o aviso à minoria que preside ao órgão autárquico Câmara Municipal, que Estremoz não está com as práticas e políticas do Aparelho do Partido Socialista. Recordo que para além da Câmara Municipal também a Assembleia Municipal é composta por uma maioria não afecta ao Aparelho do PS. Os eleitores, que se mobilizaram em torno da candidatura independente de Manuel Alegre, nos quais me incluo, não vão permitir aventuras por parte do executivo camarário. São 2340 cidadãos, 17% de eleitores estremocenses com capacidade de mobilizar os 40% de descontentes com o partidarismo, dos cargos, bem como das chefias de organismos que deveriam estar ao serviço dos cidadãos e parecem servir sabe-se lá que interesses partidários e pessoais. Portanto 57%, mais do dobro dos que manifestaram o seu apoio a Cavaco Silva, a que se juntam garantidamente os restantes 12% de eleitores de esquerda, o que perfaz 68% de eleitores estremocenses, podem mudar o rumo das práticas políticas no Concelho. Não defendo, face a esta realidade e a princípios, qualquer novo partido político, o espectro actual é suficientemente abrangente. O problema está nas actuais cúpulas. Apelo, sim, à participação cívica de todos os cidadãos que não se revêem nas práticas actuais, e ela é possível e viável em todos os locais onde desenvolvem a sua actividade (familiar, profissional, associativa, partidária, de lazer, etc.). Estas eleições vieram confirmar o PRINCÍPIO do FIM do Aparelho do Partido Socialista em Estremoz, que se iniciou com o COMUNICADO À POPULAÇÃO DE ESTREMOZ, feito pelo PS em 1 de Novembro de 2005, após a tomada de posse dos autarcas eleitos. AJPM In: Brados do Alentejo - Número 633, de 27 de Janeiro de 2006
Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2006
Dizer e escrever a realidade
Norteia-me um princípio: O de dizer e escrever a realidade, transpondo o que é a verdade dos factos.
Num curto espaço de tempo vai haver novamente eleições. Desta vez para eleger o próximo Presidente da República Portuguesa.
Constato que os órgãos de (des)informação nacionais, dominados por interesses não compreensíveis à primeira vista, anunciam uma perspectiva de vitória de um candidato que na prática é tecnicamente inviável, na 1ª volta.
O histórico de todas as eleições presidenciais realizadas em Portugal desde 25 de Abril de 1974 mostra claramente que estamos num país onde a Direita é minoritária.
E a pergunta é só uma: Pode neste panorama Cavaco Silva ser o próximo presidente da República? É evidente que não são favas contadas! Então porque motivo se publicam sondagens a dar-lhe a vitória na 1ª volta sem margem para dúvidas? A interrogação pode ser feita por qualquer um. E a resposta é só uma: As sondagens iludem.
A responsabilidade é de Sócrates, e do Aparelho do PS, que apoiaram Soares numa aventura de resultados imprevisíveis para a esquerda em Portugal.
Se existe a certeza de que Cavaco Silva não pode vencer à 1ª volta. Já no que respeita à 2ª volta há dois cenários: Cavaco Silva / Mário Soares ou Cavaco Silva / Manuel Alegre.
No primeiro cenário é por demais evidente que os portugueses, desta vez, não vão (passe a expressão) engolir sapos. Soares dificilmente sairá vencedor e poderemos vir a ter na Presidência aquele que esbanjou os fundos comunitários no período das vacas gordas sendo realmente o grande responsável pela actual situação económico-financeira do país, disso não tenhamos dúvidas.
No segundo cenário, é certo e garantido que Manuel Alegre pela sua forma de ser e estar vai concentrar facilmente em si os votos de todos os candidatos de esquerda, já que não há qualquer relutância por parte dos portugueses em dar-lhe o seu apoio e derrotará o candidato da Direita.
Há pois uma esperança de que a cadeira de Belém não seja ocupada por um teimoso e prepotente como Cavaco Silva.
Tenho, não posso deixar de o fazer, de recordar aquela caricata terça-feira de Carnaval, quando Cavaco decidiu suspender o feriado habitual, por causa de uma birra que teve em consequência dum confronto que perdeu com Mário Soares, e que descarregou em cima dos portugueses. Lembram-se? É este tipo de Homem que querem em Belém? Se é! Votem Cavaco Silva.
AJPM
In: Brados do Alentejo - Número 632, de 13 de Janeiro de 2006