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Sucede hoje a 21 o dia solar mais curto do ano de 2005 - começa o solstício de Inverno. Os dias lentamente vão-se estendendo pelos fins de tarde dando o sol, a luz de que precisamos para viver.
Mais sol, mais energia para fazer, para partilhar, para sorrir.
As civilizações pagãs, durante o solstício de Inverno, tinham por hábito decorar as casas com verdura que, segundo elas tinham poderes mágicos.
O azevinho entre os Romanos era trocado como presente e, nos nossos dias, tornou-se a principal planta do Natal. Em Inglaterra por exemplo, era considerado sagrado.
Uma lenda diz que, Baco ao atravessar o país, ficou tão impressionado com a sua beleza que decidiu plantar ali azevinho, deixando-o como uma lembrança especial. Para além dos presentes, os romanos consideravam-no como símbolo de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra venenos.
O azevinho liga-se à história cristã como planta que permitiu esconder Jesus dos soldados de Herodes. Em compensação, diz a lenda, foi-lhe dado o privilégio de conservar as suas folhas sempre verdes, mesmo durante o mais rigoroso Inverno.
No início a Igreja proibiu as verduras, mas mais tarde, acabou por consenti-las como símbolo de vida, portanto de Cristo.
Há regiões onde se usa pendurar à porta de casa ou por trás das janelas uma coroa de loureiro, o que significa que o nascimento de Jesus foi uma vitória sobre a morte e o pecado.
Para o último número do Brados do Alentejo não enviei o meu artigo de opinião, como se tem tornado habitual, por estar muito ocupado com a recolha de assinaturas para apresentar a minha candidatura à Presidência da República; o que foi bastante dificultado pelo facto de o período diurno estar a decrescer. Não podemos esquecer que estamos a caminhar para o Solstício de Inverno (o dia solar mais curto) e a noite não é propícia à recolha de assinaturas. Já tenho as 7500 necessárias para formalizar a candidatura mas fui surpreendido com um facto de que já suspeitava: não disponho de dinheiro para financiar a campanha nem de máquinas partidárias por trás de mim. Assim resolvi parar a minha intenção e tomei a decisão de apoiar um dos candidatos que se encontre numa situação semelhante à minha, pois entendo que só unindo esforços é possível ultrapassar os interesses instalados nos actuais órgãos de decisão dos aparelhos partidários e do poder instituído, para melhor defender o ponto de vista da maioria deste país, da qual faço parte.
Até à data em que escrevo este artigo só dois candidatos apresentaram o processo de candidatura perante o Supremo Tribunal de Justiça: dia 24 de Novembro, Jerónimo de Sousa e dia 9 de Dezembro, Manuel Alegre.
Aguardemos o evoluir da recolha de assinaturas e a consequente entrega dos processos até dia 23 de Dezembro, logo após o Solstício de Inverno, dos restantes potenciais candidatos, que recordo são conhecidos no total cerca de 19, cujos nomes e propostas gostaria de ver divulgados nos órgãos de comunicação social do meu país, o que não sucede, e portanto faço-o aqui com a ressalva de eventualmente não referir todos, devido ao controle que existe sobre a Comunicação Social que acha haver portugueses de 1ª e portugueses de 2ª indicando os endereços, conhecidos, dos Sites na Internet, onde pode ser obtida informação pormenorizada, dada a limitação natural de espaço que tenho:
Carmelinda Pereira, em
CPCavaco Silva, em
CSClaudino Aniceto, (sem informação disponível)
Francisco Louçã, em
FLGonçalo Pereira, em
GPGarcia Pereira, em
GPJerónimo Sousa, em
JSJosé Amaral, (sem informação disponível)
José Martins, em
JMLança Carvalho, (sem informação disponível)
Luís Botelho, em
LBLuís Guerra, em
LGManuel Alegre, em
MAManuela Magno, em
MMManuel Vieira, em
MVMário Nogueira, em
MNMário Soares, em
MAMenezes Alves, (sem informação disponível)
Nelson Magalhães, em
NMDepois do Solstício de Dezembro os dias começam a crescer. É tempo de Natal. E após a celebração desta quadra (durante a qual vamos ver certamente a campanha eleitoral parar) temos de acreditar que melhores dias virão, e o Sol será para todos nós.
O Natal é festa por excelência da fraternidade. Povos e pessoas díspares esquecem por momentos as suas diferenças e confraternizam. Olhando-se para as suas origens, verifica-se que essa comunhão ocorre pelo menos no seu rito, pois resulta da contribuição de diversas épocas e religiões. Ao contrário de ser uma celebração puramente cristã, é resultado da incorporação de muito do paganismo. A começar na sua data. E foi como festejo mesmo do sol que nasceu. O deus pagão dos romanos, o Sol Invencível.
É preciso, imperioso e urgente, que o futuro não continue a ser planeado e programado por homens providenciais, que se consideram detentores da verdade absoluta - os salvadores da Pátria - e sejamos todos nós, que conhecemos, porque os sentimos, os verdadeiros problemas que nos afectam, a construí-lo. E a campanha eleitoral, que vai adormecer nesta quadra que se aproxima, surgirá com todo o seu potencial no inicio do próximo ano, mesmo antes da abertura oficial a 8 de Janeiro, esquecendo-se a amizade, a confraternização e a fraternidade apregoada nesta quadra, recomeçando a contagem das espingardas e as sondagens forjadas pelos órgãos de (des)comunicação social (jornais, rádios e televisões).
E concluo, como escreveu Ary dos Santos: "Natal é em Dezembro / Mas em Maio pode ser / Natal é em Setembro /
É quando um homem quiser / Natal é quando nasce uma vida ao amanhecer / Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher".
AJPMIn:
Brados do Alentejo - Número 630, de 16 de Dezembro de 2005